Folclore do Nordeste
"A Arte Figurativa
em Barro (argila, cerâmica) ou em Madeira, feita à
mão, está presente, sobretudo no Folclore de Pernambuco. Alguns exemplos desse artesanato:
Roda de Capoeira, Presépios, Bumba-meu-boi, Lampião e Maria Bonita, Familia de
Retirantes, Casais de Noivos fugindo a Jegue, Trio Nordestino, Xadrez e Damas
etc".
Bumba-meu-boi
"Um
dos folguedos mais tradicionais do Brasil, o bumba-meu-boi é uma espécie de
auto em que se misturam teatro, dança, música e circo. Sua provável origem é o
Nordeste das últimas décadas do século XVIII, onde a criação de gado era feita
por colonizadores com mão-de-obra escrava. Nas fazendas, os cativos teriam
misturado suas tradições africanas (como a do boi geroa) a outras européias dos
senhores (como a tourada espanhola, as tourinhas portuguesas e o boeuf gras francês), numa celebração
que tematizava as relações de poder e uma certa religiosidade, sendo,
inicialmente, alvo de grande repressão".

"O Boi é a
figura central do auto, consiste numa armação de madeira em forma de touro,
coberta de veludo bordado ou coberta de chita. Prende-se à armação uma saia de
tecido colorido. A pessoa que fica dentro e conduz o boi é chamado miolo do boi".
"Na
encenação, a lenda pode ser contada de várias formas, mas a história básica é a
da escrava Catirina (ou Catarina), grávida, que pede ao marido Chico (ou Pai
Francisco) para que mate o boi mais bonito da fazenda porque quer comer a sua
língua. Ele atende ao desejo da mulher e é preso pelo seu feitor, que tenta a
todo custo ressuscitar o boi, com a ajuda de curandeiros. Boi revivido, tudo
acaba em festa".
"Outros
personagens podem entrar na história para dançar, dependendo do tipo de boi:
Bastião, Arlequim, Pastorinha, Turtuqué, o engenheiro, o padre, o médico, o
diabo etc, todos quase sempre interpretados por homens, que se travestem para
compor os personagens femininos".
Estas e outras peças de decoração estão expostas na Loja da Vó Lina Artesanato Mineiro.