quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

FOLCLORE DO NORDESTE


Folclore do Nordeste





"A Arte Figurativa em Barro (argila, cerâmica) ou em Madeira, feita à mão, está presente, sobretudo no Folclore de Pernambuco. Alguns exemplos desse artesanato: Roda de Capoeira, Presépios, Bumba-meu-boi, Lampião e Maria Bonita, Familia de Retirantes, Casais de Noivos fugindo a Jegue, Trio Nordestino, Xadrez e Damas etc".

  
Bumba-meu-boi
 

"Um dos folguedos mais tradicionais do Brasil, o bumba-meu-boi é uma espécie de auto em que se misturam teatro, dança, música e circo. Sua provável origem é o Nordeste das últimas décadas do século XVIII, onde a criação de gado era feita por colonizadores com mão-de-obra escrava. Nas fazendas, os cativos teriam misturado suas tradições africanas (como a do boi geroa) a outras européias dos senhores (como a tourada espanhola, as tourinhas portuguesas e o boeuf gras francês), numa celebração que tematizava as relações de poder e uma certa religiosidade, sendo, inicialmente, alvo de grande repressão".










"O Boi é a figura central do auto, consiste numa armação de madeira em forma de touro, coberta de veludo bordado ou coberta de chita. Prende-se à armação uma saia de tecido colorido. A pessoa que fica dentro e conduz o boi é chamado miolo do boi".

"Na encenação, a lenda pode ser contada de várias formas, mas a história básica é a da escrava Catirina (ou Catarina), grávida, que pede ao marido Chico (ou Pai Francisco) para que mate o boi mais bonito da fazenda porque quer comer a sua língua. Ele atende ao desejo da mulher e é preso pelo seu feitor, que tenta a todo custo ressuscitar o boi, com a ajuda de curandeiros. Boi revivido, tudo acaba em festa".





"Outros personagens podem entrar na história para dançar, dependendo do tipo de boi: Bastião, Arlequim, Pastorinha, Turtuqué, o engenheiro, o padre, o médico, o diabo etc, todos quase sempre interpretados por homens, que se travestem para compor os personagens femininos".

Estas e outras peças de decoração estão expostas na Loja da Vó Lina Artesanato Mineiro.
 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

CARRANCAS

CARRANCAS


        As primeiras referências às carrancas datam de 1888 em livros de Antônio Alves Câmara e Durval Vieira de Aguiar. A carranca, já usada por romanos, egípcios, fenícios, assírios e gregos, parece que surgiu no Brasil como um recurso primitivo de publicidade: atrair para as embarcações a curiosidade da gente das fazendas, pois a população ribeirinha dependia do transporte de mercadorias pelo rio São Francisco, e os barqueiros utilizavam as carrancas para chamar a atenção para sua embarcação.
         Os proprietários que buscavam tornar seus barcos mais atrativos para conseguir maior número de passageiros decoravam a proa à moda das embarcações primitivas de povos ocidentais. Além de concorrer entre si para atrair a freguesia nas embarcações, os barqueiros se valeram também do aspecto lendário das carrancas que, segundo a crença e o misticismo do povo da região ribeirinha, serviam de amuleto de proteção, salvaguardando barqueiros, viajantes e moradores contra perigos e maus presságios. A tradição diz que a cabeça, por meio de três gemidos, avisa quando a barca vai afundar. Também é chamada de cabeça-de-proa ou Cara feia.



          
          As carrancas são esculturas de cabeças humanas ou de animais, entalhadas na madeira e grosseiramente coloridas, obras de artistas populares anônimos da região.
         Usada como peça decorativa de ambientes externos ou internos, as carrancas que antes eram utilizadas em embarcações, hoje agrega valor e empresta ao lugar uma decoração rústica e cultural.   



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Artesanato, Vó Lina 2012!!!!!!

"O artesanato não quer durar milênios nem está possuído da pressa de morrer prontamente. Transcorre com os dias, flui conosco, se gasta pouco a pouco, não busca a morte ou tampouco a nega, apenas aceita esse destino.
Entre o tempo sem tempo do museu e o tempo acelerado da tecnologia, o artesanato tem o ritmo do tempo humano. 
É um objeto útil que também é belo; um objeto que dura, mas que um dia, porém se acaba e resigna-se a isto; um objeto que é único como uma obra de arte, pode ser substituído por outro objeto parecido, mas não idêntico. 
O artesanato nos ensina a morrer, e fazendo isto, nos ensina a viver". (Paz, Octavio. "O Uso e a Contemplação". São Paulo: Editora Cultura e Ação, Revista Raiz, 2006).


 


 
















 


Arte em Ferro












Vó Lina 2012!!!! Artesanatos